-mãe, vc já ouviu falar naquela historia da borboleta e do casulo?
-...
-a do cara que tentou ajudar a borboleta?
-acho que não, filha.
-era algo mais ou menos assim: o cara estava há dias acompanhando o casulo e no grande dia em que a borboleta começou a irromper, ele achou que poderia ajudá-la rasgando o resto do casulo. A borboleta tinha a força na medida justa para rasgá-lo. Sendo privada disso, deformou-se.
-nossa, filha, não sabia disso!
-pois é, às vezes ajudando a gente atrapalha.
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Sinto falta dessa descarga e cada vez mais isso fica claro para mim.
Tenho certeza de que nós criamos a nossa própria realidade e dessa forma, acredito que sendo essa experiência tão forte, eu terei que fazer algo em relação a ela. Talvez um esporte, algum que permita a explosão dessa energia.
Penso que ficar sofrendo contrações durante todo o dia, naquela terça-feira de final de inverno em 1973, e ter nascido de cesária, se não deformou, incrustou nos meus musculos essa carga toda de tensão que não explodiu. O que me encaixa na chamada MBPII. Talvez seja exatamente por isso que depois de esclarecer tantas coisas em relação ao meu psiquismo, que me fez vencer o medo, não me sentir mais acuada, sem saida, na iminência do "fim do mundo", seja agora o momento de nascer de fato e desencruar toda esse energia que ficou presa dentro de mim.
A memória de nascimento diz que por maior que seja a tensão, ela não deve ser liberada porque a saída não depende disso. Mas então, como dissipar essa tensão?
Joseph Campbell fala sobre algo parecido. O nascimento de Cristo, o VirginBirth, nas verdade é o segundo nascimento do homem, no qual ele tem total participação, que não vem do chackra básico e sim do cardíaco.
Acredito que esteja chegando a minha hora...
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