terça-feira, 12 de junho de 2007

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Fichamento - Ser Criativo


Agora só falta aprender a fazer isso com música.

sábado, 9 de junho de 2007

O que é filosofia

Já contei uma vez que dos grupos que se apresentaram nos trabalhos da Pós o que mais gostei - de me sentir a vontade - foi o grupo Pensamento. Adorei o conceito de Maiêutica. Mas definitivamente não concordei com as conclusões do texto sobre filosofia que nos foi passado para ler.

Primeiro porque não gostei do filme Matrix mesmo reconhecendo e concordando com todo aquele significado simbolico, segundo porque não concordei com a conclusão.

Não importa o texto nesse momento, o que importa é o sonho dessa noite. Sonhei que discutia o texto e me tocava de que os cientistas perdiam muito tempo tentando descobrir a origem do universo. Ou mesmo tentavam entender a origem e o lugar das coisas e se esqueciam do desenvolvimento delas.
Alguém fazia uma comparação do tipo "É como um relacionamento: não importa quando nem onde esse relacionamento começou, o que importa é como ele se desenvolve. Se vc enteder como ele se desenvolve, vc chega naturalmente as conclusões necessárias."

Tinha muita gente comigo discutindo eses sonhos e esses conceitos. A Gilda tava lá meio que confirmando algumas das informações.

Eu lembro que no sonho falava que não me conformava com essa historia de "Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A filosofia."

Adoro filosofia, mas acho que ela só serve no primeiro movimento, o de desconstrução das certezas. Não acho que ela faz papel de libertadora de porra nenhuma. De certa forma Nietzsche ja dava a entender isso em alguns dos seus aforismos em "Além do bem e do mal". Uma alma desconectada da sua essência, fora do seu processo de "individuação" não faria bom uso das ferramentas filosóficas. Seria muito mais facil aproximá-la do niilismo do que libertá-la de qualquer coisa.

Não existe a meu ver uma linguagem padrão para te ajudar a tangenciar o processo: provavelmente quem escreveu o texto pode achar que encontrou isso através da filosfia, o artista através da arte, o religioso através da religião e o homem comum através dos seus relacionamentos e cotidiano... Não importa, não existe verdade absoluta. Nem filosofia absoluta.

Mesmo referente ao mito da caverna. Será que toda a pessoa que entra em contato com alguma verdade TEM QUE VIRAR MÁRTIR?
Ontem eu estava lendo uma reportagem interessante que falava sobre um forma de transmissão de eletricidade sem fios. Essa transmissão acontece por meio de "ressonância" que de acordo com a teoria, se explica como "dois corpos que vibram na mesma frequência transferem energia um para o outro sem interferência de outros corpos que estão fisicamente mas em outra frequencia de vibração". São como as egrégoras que juntam as pessoas que pensam de forma semelhante...
Uma vez a minha terapeuta disse que eu não devia achar que eu tinha a responsabilidade de salvar o mundo e acho que isso pesou muito forte quando pensei nesse topico do texto: Ajude quem quer ser ajudado.

O cara que vai pra fora da caverna, vê o que vê e volta contando pra todo mundo o que viu é um idiota no momento em que resolve impor a sua verdade aos outros. Ele está vibrando numa outra energia, leva um certo tempo prar que ele consiga fazer com que as pessaos vibrem na mesma que ele... Aquela é a sua verdade, aquele havia sido o seu momento de apreende-la. Impondo aos outros, é natural que haja reação. Dê tempo para a curiosidade de quem está ainda preso a sua propria realidade. Porque dessa forma vc não vai quebrar nenhuma casquinha de proteção de ninguém. Inspire a curiosidade e a natureza "liberta" das pessoas que o resto elas farão por si, e não lhe crucificarão, até porque ele é mais util vivo do que martir crucificado.

Isso vale pra mim em muitos aspectos. Acho que por esse motivo que a Gilda apareceu no meu sonho. Essa caracteristica de parar, ouvir, deixar acontecer e ajudar a concluir é uma coisa que falta muito em mim.

"A frase mais casta que já ouvi: No verdadeiro amor, é a alma que envolve o corpo."
Aforismo nº 142 - Nietzsche - Além do bem e do mal

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Análise de Phaseolus vulgaris L dentor do contexto socio-comportamental e outras bobagens.


Vou abrir esse blog da Pós com um texto que produzi para a apresentação de um trabalho com feijões.


Como diz um amigo meu: "A gente estuda a vida inteira, esquenta a cabeça, pára, volta, cobra de si mesmo, entra na faculdade, num sei mais o que, vai pra Pós fazer um trabalho com feijão que já fez no jardim da infância. "


Aí vai o texto:

"Esta é a historia do meu feijão, aquele que eu não queria que brotasse, que eu não queria fazer de jeito nenhum! Não sei se não queria porque não conseguia pensar em nada diferente pra plantar ao invés de um mísero feijão furreca. Pensei em plantar trevos, alpiste,painço... Até feijão azuki a metida a besta que vos fala pensou em plantar... Tudo, menos um simples feijão. Eu tenho tantas plantas em casa, tantas plantas das quais estou cuidado como a minha bunda e vou trazer mais meia duzia de feijoes á vida pra morrerem ou estragarem, ou pra serem mal cuidados???? Não sei se quero fazer isso! Não, Não,NAAAAAAAAAAAAO!!!!! Eu não quero plantar feijões!!!!!! EU NAO TO PRONTA PRA FAZER ISSO!!!! NAAAAAAAO....
Bom, não dava pra fugir. Quando eu ia à aula, via todo mundo cuidando das suas plantinhas com amor e carinho, (ou pelo menos fazendo a experiência), e eu começava a pensar: tenho que fazer! Minha vida tava (e ainda tá) meio bagunçada, empurrada de barriga e eu não queria fazer nada que envolvesse “vida” de qualquer jeito, não queria usar qualquer feijão, não queria que fosse so mais uma experiencia pr'uma aula de Pós que perdesse o sentido depois da apresentação. Num dos dia da semana, olhei pra debaixo da minha mesa do trabalho e vi o vasinho de cerâmica que tinha ficado lá jogado depois que minhas fitonias do trabalho MORRERAM (BUAAAAAAAAAAA!). Pensei: olha só tenho um vasinho de cerâmica para colocar os feijões. LET ME TRY AGAIN!!!!

Podia começar por ele, afinal ele era de ceramica, o que o fazia, além de uma coisa autêntica aos meus olhos, um recipiente que retinha um pouco a umidade.Yes! Escapei na hora do almoço para comprar algum tipo diferente de feijão. Sim, porque ainda não havia desistido de plantar alguma coisa diferente do que todo mundo plantaria. Nada me chamou a atenção naquele supermercado feio e chato, mas não tinha opção, ou eu comprava alguma coisa ou era melhor eu começar a pensar e levar os feijões no dia da entrega da monografia. Muita gente reclamou que seus feijões demoravam pra crescer, ou, que de todos colocados para brotar, so alguns realmente brotaram e coisa do gênero. Sabia que teria que criar coragem e começar, mas para ser bem sincera, não queria fazer esse trabalho. Pelo menos não nesse momento da minha vida.Me decidi por feijões graudo e vermelhos, que não faço ideia do tipo. Cheguei no escritorio, molhei o algodão coloquei um punhadão dentro do vaso. Quando contei, vi que tinha pra mais de vinte. Pensei, vou fazer serem 22 como os arcanos do tarô. Algum vai ter que brotar.No primeiro dia o vaso pernoitou no escritorio, o que foi uma judiação, considerando que lá é cheio de poeiras e fantasmas. No dia seguinte, levei pra casa, mas não dei muita atenção pra eles, não. Eu não queria fazer esse trabalho numa epoca em que as minhas plantas da varanda estavam tão tristes. Larguei lá. Alguma coisa ia brotar ali, né? Acompanhamento? Book??? Ah, vá se ferrar! Não to com saco nem de plantar essa merda! Quanto mais fazer história!

As semanas se passaram, muitas correções de curso da minha vida aconteceram e os feijões lá. O Sérgio disse: Ana, tira o algodão de cima senão eles não crescem, mulher. Tirei. Daí ele falou de novo: não esquece de por agua sua louca! Coloquei. Olha sua doida, botei no sol pra eles não murcharem... Agradeci...
SOCORROOOO!!!! E AGORA?!?!?!!? BROTARAM TODOS!!!! NAO VOU PODER DEIXA-LOS NO VASINHO DE CERAMICA QUE TINHA PENSADO EM DEIXAR E DEPOIS SO JOGAR TERRA EM CIMA!!!! TODOS ELES ESTAO BROTANDO, E TA UM EM CIMA DO OUTRO!!!! VOU TER QUE COMPRAR UMA JARDINEIRA PARA ESSES FEIJOES TARADOS!!!!Bom, comprei um outro vaso de cerâmica e, junto com a minha mãe, escolhemos algumas pedras para decorar. Cores suaves, beje e azul claro... Não pensei muito em nada, mas comecei a me animar com a ideia dos feijões. A ideia era que o proprio vaso fosse o book, então estou eu aqui, ainda meio contrariada de ter que cuidar dos feijões, meio orgulhosa de ver que meu tarô vegetal brotou inteiro, mas com medo de me apegar. Percebi também que apesar de não ter feito o acompanhamento desde o começo, no estagio que eles estão agora, é como se dentro daquele buraco de cerâmica tivesse todas as fases dos feijões acontecendo ao mesmo tempo e foi isso que tentei mostrar nas fotos. Como se passado presente e futuro se juntassem na mesma dimensão ceramica. Isso deve ser muito, muito bom, mas eu ainda não consegui gostar deles sem sombras. Tenho a sensação de que a responsabilidade é muito grande para o que eu posso oferecer nesse momento. Mas tá lá. Espero que eles sobrevivam à troca do vaso. E que eu sobreviva a eles."

Além do trabalho dos feijões teve também a confecção de mandalas. Estive analisando as duas coisas e cheguei a conclusões diferentes de cada uma das atividade (elas não estão relacionadas diretamente)

Os feijões a meu ver representavam os ponteciais dos quais eu tenho medo mas que estão mais do que prontos para florescerem. Acho que eles representaram que já é momento de começar a agir. Depois eu preciso confirmar quantos feijões brotaram porque o numero certo me ajudará a entender de que aspecto eles falam.

A mandala feira na aula do dia 02/06 me fez lembrar a fragmentação do principio fluido. Pude perceber isso analisando a Mandala da FErnanda, belissima, ams extremamente triste e fragmentada. Ambas mandalas à sua maneira mostravam a fragmentação do feminino em diversas formas. No caso dela, representada pela semelhança de um espelho quebrado mostrando parte de uma totalidade feminina. No meu caso, as cores que vi durante o relaxamento que escorriam e se misturavam com agua colorida em frente aos meus olhos, foram representadas de maneira dura e intensa. Fui fiel às cores mas estive longe da representação da fluidez que elas mereciam. A fluidez da minha reresentação é que era fragmentada. Como se a agua congelasse as cores em blocos com limites retos definidos. E não foi essa a imagem que vi diantes dos meu olhos no relaxamento.


Ouvindo a gravação da aula pude rememorar a expressão assustada do olho do Kronos da Monica. Acho que comecei a compreender que a expressão arregalada e assustada se referia a capricornio e sua necessidade de estruturação sendo sujeitada ao turbilhao trazido por áries e peixes, começo e fim da jornada. A responsabilidade é muito grande, capricornio tentando estruturar começo em fim dentro da mesma dimensão. Não é a toa que está assustado.


Gostei da conclusão do trabalho da Claudia Tommasi de que agora é tempo de reparar calderões, parafraseando um outro dos meus blogs. Que pra ela era momento de delimitar o espaço. Perfeito.