terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Terapeutas e a motivação

Tudo na vida é uma questão de DIREÇÃO e MOTIVAÇÃO.

Como meus chackras inferiores são fraquinhos em comparação aos três superiores, achei que deixando “os três de cima” de lado por um tempo talvez as coisas se transformassem, mas não. Só criou uma bagunça ainda maior. Eu NUNCA posso parar de desenrolar os fios do meu mundo interno sob pena de ser soterrada por ele. Taí essa tal “crise de ansiedade” que já dura pelo menos umas duas semanas que não me deixa mentir.
O único problema é essa Sindrome de Early Edition: eu olho o que meu inconsciente diz, entendo o que ele quer dizer, mas por mais que busque ajuda, as pessoas parecem que não me entendem... Isso é absurdamente frustrante!

Sobre isso desabafei com a minha amiga Renata. Sinto como se os terapeutas hoje em dia não se envolvessem o suficiente e ficando presos as suas técnicas, independente da linguagem de seus pacientes. Com a diversidade imensa de recursos holísticos hoje acessíveis, as terapias viraram um show de variedades onde o grande barato é o “detectar” e não tanto o “resolver”.

Eu já sentia isso quando comecei a ler tarô. Todo mundo acha que o barato da leitura é alguém “acertar” a vida de uma pessoa desconhecida através das cartas. E com isso já ficam satisfeitas. Mas eu sempre me incomodei com isso, porque minha preocupação na leitura ia um pouco mais além: Eu estou vendo o movimento da sua vida, mas... O que será feito a respeito? E dessa forma sempre considerei meu tarô muito mais de aconselhamento do que de divinação em si. Quando fiz o curso de Arteterapia, queria uma forma de fazer com que as pessoas  não só ouvissem o que era dito, mas sentissem o que precisava ser feito, mesmo que não pudessem ou não conseguissem fazer no momento.

Era isso que procurava quando ia atras de ajuda nesse aspecto. Mas sempre tive uma ligeira sensação de frustração em relação a minha experiência como paciente nesses casos.
O que percebi é que quando um terapeuta se depara com um paciente que detecta boa parte das coisas por conta própria, ele fica meio sem ação. E o paciente fica com aquela sensação desagradavel de estar ouvindo soluções superficiais.

Esse desabafo ontem me soou verdadeiro e eu dou graças a deus de poder tê-lo feito com uma amiga com alma de terapeuta, mas sem ego de terapeuta. Porque se eu conversasse ontem com um ego-terapeuta eu teria que perder um grande espaço de tempo defendendo posições ou ouvindo justificativas, coisas que não seriam produtivas porque na verdade, no final, tudo é um processo pessoal. Traduzido em miúdos: tudo é apenas a “minha lente”. Facil, né?
Sei que devem existir terapeutas que sejam o que eu procuro e talvez eu não os encontre exatamente porque isso também faz parte do aprendizado. Talvez isso seja um recado para eu me envolver mais, que o movimento seja de dentro pra fora, que esse movimento pode começar com coisas simples do meu dia-a-dia que eu larguei mão a muito tempo como por exemplo: controle de gastos, expressão da criatividade, organização pessoal...  e bla-bla-bla. Enfim, a conclusão seria a tipica “não adianta ficar chorando para que alguém te pegue pela mão. Você ja sabe o que fazer. Faça a sua parte que o resto vem.”

Mas não é simples assim. E ai entra a chave da questão: para se trilhar um caminho, é preciso motivação. E como um terapeuta pode ajudar um paciente, não a indicar o caminho – porque o caminho ele já viu – para achar a motivação para segui-lo?
Porque, justiça seja feita, o “caminho” foi mostrado diversas vezes por várias terapeutas por quem passei. E a frustração continua, porque a motivação inexiste.

É aí que eu penso que precisava na época era de algo que fosse “feito”. Algo que fosse compreendido pelo o que os japoneses chamam de “sabedoria das entranhas”. Algo forte, basico, até primitivo, muito semelhante ao que vivi quando fiz a respiração holotrópica, ou quando fiz o lance do xamanismo. Até isso fui buscar por conta própria, trouxe os materiais e ... continuei na mesma, porque a parte cerebral eu sei fazer sozinha. Eu precisava de ajudar na pate basica motivacional. E foi isso que NUNCA entenderam. Houve uma excessão nessa "falta de entendimento terapeutico" há pouco tempo, mas as circunstancias acabaram fazendo com que eu perdesse o contato e a linha do trabalho se perdeu.
Para fazer esse desabafo, estou me guiando pela sensação de raiva que sinto quando penso que já estou há anos procurando ajuda para achar a motivação que preciso e parece que ou bati nas portas erradas, ou bati fraco demais. Mas é claro que se eu estou “fraca” – metaforicamente falando – eu bateria fraco demais! E era exatamente por isso que pedi ajuda.

Enfim, resumindo: estou de saco cheio de fazer tudo sozinha e de me sentir desgarrada do mundo. Novamente “like a nobody’s child, just like the flower that grow in wild....”
Vou deixar agora uma mensagem do sabio chinês e um video maravilhoso que com certeza reflete o que eu quero que minha vida se torne.

Não é a toa que é uma aquarela, e que o hexagrama é a dispersão.
Simbóóóóóólico...


Ele dissolve seu ego.
Nenhum arrependimento.

Em certas circunstâncias o trabalho de um homem pode se tornar tão árduo que não lhe permite mais pensar em si mesmo. Ele precisa deixar de lado qualquer desejo pessoal e dissolver tudo o que o ego reuniu em torno de si como barreira contra os outros. Somente com base em uma grande renúncia é possível reunir a força necessária para realizações importantes. Essa atitude é alcançada apenas quando o homem tem como meta uma tarefa elevada, que transcenda seus interesses próprios.

Seus fortes gritos dissolvem como o suor.
Dispersão! Um rei permanece sem culpa.

Em épocas de dispersão e separação geral, uma grande idéia funciona como um núcleo em torno do qual se organiza a recuperação. A transpiração libertadora é sinal de que a fase crítica de uma doença está sendo deixada para trás; assim também uma grande e estimulante idéia pode ser a salvação em épocas de impasse. Os homens têm então um ponto de convergência em torno do qual podem se reunir: um governante capaz de dissolver os equívocos.