sábado, 23 de julho de 2016

Paradoxo Tostines "vida/arte"

"Seriam tanto a personalidade histriônica quanto a despersonalização transtornos agravados e/ou potencialmente disparados por influência e/ou presença precoce da tv na percepção da realidade?"

Quando o Marcelo postou isso no grupo que participamos, os comentarios foram os mais diversos. E a conversa acabou desandando para necessidade que sempre tivemos de mimetizar outros comportamentos dominantes como forma ate de construir a personalidade.

Talvez nem fosse tanto essa a proposta da pergunta original, que era mais tecnica e puntual, mas me fez pensar quais outros artificios no passado fizeram o papel que os meios de comunicacao fazem hoje na construcao das personas e no preenchimento do vazio existencial, tao comum do genero humano? Somos seres sociais e existimos hoje em detrimento de outros hominideos por conta exatamente da capacidade de sociabilizar e criar sentido com um sistema de linguagem bastante especializado.

Teatro, tabernas, pracas, missas..? Acredito que nos primordios da nossa sociedade, qualquer ponto de reuniao poderia ser propicio para a mimetizacao do comportamento dominante. Acredito que ate a  caracteristica de "tomar conta da vida de outrem" faz esse papel. Porque para mimetizar e preciso observar e a mente humana e inquieta demais para apenas observar sem fazer conexoes.

Hoje enquanto eu esperava o onibus sair reparei que um senhor maltrapilho estava tentando embarcar, mas alguma coisa deu errado e ele foi impedido. Nada demais exceto pela conversa que aconteceu no banco atras de mim. Nos quinze minutos que antecederam a partida do onibus, as duas pessoas que estavam atras de mim supuseram pelo menos umas quatro historias diferentes enquanto observavam o senhor maltrapilho argumentar com o fiscal de viagem. Desde o porte de um bilhete falso comprado de alguem de ma fe ate o abandono de algum amigo que foi embora e o deixou pra tras.

Enquanto eu ouvia as historias eu nao podia evitar de lembrar do topico do Marcelo e pensar: quem precisa de meios de comunicacao tendo uma capacidade tao especializada de observacao e criacao como a nossa? Com uma capacidade dessa, qualquer coisa pode ser o alvo.

Ate o nada.

Boas Iniciativas

O grande problema que vejo aqui é que tudo que se torna um movimento significativo gera uma demanda destrutiva.

Se muita gente começar a fazer isso, os supermercados vão começar a querer vender essas coisas, que antes descartavam, e adeus sustentabilidade...

Esse mundo ta cheio demais.

VEJA A REPORTAGEM AQUI

quinta-feira, 21 de julho de 2016

LUA EM GREMLIN

Como eu tenho gêmeos forte e zero de sensibilidade, Guilherme, vou colocar aqui uma piadinha que eu acho que sintetiza todo meu blablabla de hoje pra vc (ha um ano a contar de hoje)

Mudam os anos mas o formatos carcomidos se mantém

Recuperei este texto sobre uma novela que ja era reprise na epoca do texto. E o texto e do ano passado...
Mais-do-mesmo, mais-do-mesmo, mais-do-mesmo, para sempre mais-do-mesmo....

"Novamente aqui estou eu, na sala de espera do laboratorio e a tv esta ligada em uma novela da globo.

Uma daquelas novelas engajadas mostrando sem terra, politicos e outras coisas do genero. Dai vc ve o Carlos Verezza, com aquela dramaticidade de Anthony Hopkins, exaurido e destruido apos um discurso, provavelmente questionando alguma injustica ou podridao que todo mundo sabe que existe mais fica chocado quando ve... E eu me pego olhando pra isso e pensando:  velha formula dramatica, os velhos olhares vidrados para o nada, os velhos temas e os velhos formatos de sempre...

Na cena seguinte é a vez de dois atores relativamente novos, que devem representar pessoas humildes, mas engajadas, conversando com aquela simplicidade forcada, aquela eterna gravidade dos engajados politicos de telinha.

E por ai vao as atuacoes, todos bons atores dando seu maximo, acredito, para temas tao batidos e estereotipados... Como eles conseguem??? Se eu, com 40 anos nao aguento mais nem olhar pra todo esse glace, esse formato passado, essa ideologia sanitizada e fora da realidade, como eles conseguem se olhar nas telas e nao enjoar de si proprios nessa buracracia utopica de novela, por anos e anos e anos.? E essa novela, Rei Do Gado, é de 96!!! O formato continua igual!

Como conseguir se levar a serio representando algo tao fake, tao sem verdade, tao sem sentido, por tanto tempo, sendo que teoricamente caberia o artista romper exatamente com essa burocracia, com esse lugar-comum...

Eu senti um certo amargor, tipico de quem percebe ja tarde demais que ta todo mundo buscando a saida pro lado errado...."

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Erdogan'un suçu ne?

A grande merda de assistir a essas novelas turcas, é que agora Erdogan pra mim e nome de vilão, tarado e mal carater....

Uma bençao?

"Quanto mais claro é o conhecimento do homem, quanto mais inteligente ele é, mais sofrimento ele tem; o homem que é dotado de gênio sofre mais do que todos."

- Arthur Schopenhauer

Nao sei... Antes eu ate achava isso, mas agora penso que se for possivel lidar com o conhecimento da mesma maneira como se lida com os pensamentos durante a meditacao: observacao sem apego, sabendo que conhecimento é algo que se transforma a cada momento e que verdades absolutas nao existem, talvez o "sorriso" fique mais facil.

Talvez o sofrimento venha da necessidade de posse.
De novo.