domingo, 10 de abril de 2011

Rascunhos para respostas do Módulo II - Parte I

A primeira pergunta do Módulo II,“Escreva seu tipo predominante e estabeleça a relação com seu momento atual”  pode começar a ser respondida pelo post do dia 07/04. Como complemento que me ocorre agora, reforço alguma coisas.
Meu tipo é definitivamente o Tipo IX, mesmo que apenas eu perceba que é.
Percebo como muito forte em mim a falta de energia desse tipo, ela é assustadora porque eu não imagino como fortalecer a minha vontade, ela só é forte quando associada a outras pessoas. O mecanismo foi esse durante todo o tempo: aprender como funcionam os outros e depois associar-me a eles para ter a força que falta para fazer o que tem que ser feito. Isso é o ponto principal da minha vida desde sempre, mesmo que disfarçado de qualquer outra coisa ao longo das fases pelas quais eu já passei.
Outra coisa que caracteriza a minha certeza quanto ao Tipo IX, é que apesar de ter formas mais “intolerantes” de proceder hoje em dia – no meu trabalho, por exemplo -, eu SEMPRE consigo entender o que move as pessoas a fazerem o que fazem, por mais que sejam ofensivas ou incompreensíveis aos outros. Isso sempre criou uma dificuldade grande no passado, onde eu era meio que “terapeuta da humanidade”, compreendendo todo mundo e passando por cima de mim mesma. Foi uma vitória muito grande dos últimos tempos definir meus limites, mesmo entendendo os motivos que levam as pessoas a fazerem o que fazem. Isso na verdade poderia fazer de mim uma Tipo VI contra-fóbico, que me decepcionaria demais.
Por outro lado - e é isso que faz com que ninguém acredite que eu sou um Tipo IX e sim um Tipo IV - eu NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, me misturo na multidão, mesmo que tenha um jeito mais ou menos indireto de fazer isso. Eu sou Eu. Com "E" maiúsculo. Nunca conseguiria, por exemplo, escrever um texto sobre qualquer assunto, mesmo sendo técnico, sem colocar em primeira pessoa, sem colocar minhas considerações a respeito, sem criar o MEU jeito de escrever. E não é por capricho: eu simplesmente não consigo! Se tento fazer diferente, corro risco de auto-sabotagem.
Eu não vejo nenhum atrativo em fazer coisas só pra mim, ao mesmo tempo que sou  tremendamente introspectiva. Eu preciso interagir com os outros porque dessa forma existe movimento, ao mesmo tempo que quero todo mundo a uma distância segura.
“Uma arvore que cai no meio de uma floresta e ninguém viu, na verdade nunca existiu.” Esse é outro aspecto forte da minha personalidade. Mesmo que perceba a poesia da solidão da árvore anônima caindo solitária na floresta densa, eu não gostaria  ser essa árvore!
Por isso tudo eu diria que meu tipo básico é o Tipo IX, mas que ele foi moldado pelo Tipo IV e pelo Tipo V. Isso me faz sentir hoje em dia como um balão de hélio, leve, leve, mas que está com a ponta da corda presa em algum lugar que ainda não sacou muito bem qual seja.
Outro ponto característico do Tipo IX é a fuga de si mesmo. Isso seria uma ironia considerando o quanto eu sou buscadora em relação ao que eu sou. Mas pensando criticamente, isso pode ser apenas uma fachada de alguém que busca e vai até onde começar a “doer”.  Sérgio - Tipo V - sempre dizia que eu tinha o hábito de fazer milhões de exames e não levar pro médico. Ou se levava, não fazia o tratamento.  Mesmo tudo isso que eu escrevo aqui, é como se juntasse todas as coisas que acho pertinentes para "jogar no colo de alguém que saiba como resolvê-las". Talvez eu já tenha ferramentas suficientes para eu mesma resolver meus problemas – talvez já até tenha resolvido mais problemas do que penso ter feito - mas fico esperando encontrar alguém com quem trabalhar, com quem interagir, e com isso e eu continuo me sentindo uma “ursa com pernas de rã” ou um “balão de hélio preso por uma cordinha a algum lugar”.
(Perceba como o balão de hélio é uma espécie de metáfora para o Tipo IX: leve, flutua, mas é tremendamente influenciado por qualquer coisa mais densa que esteja a sua volta. Sem peso, sem profundidade... As vezes acho que é a mascara do Tipo IV que disfarça a indignação de ser um nada levado pelo vento, que é o que sinto do Tipo IX)
Enfim, continuarei lendo mais para ver se consigo VER melhor como acontece essa dinâmica dos tipos na minha psique, pelo menos. Afinal, pode até parecer que estou me apegando a imagem que faço de mim mesma associando a essa fixação com o Tipo IX... Mas se eu conseguir VER como isso realmente acontece, aceitarei qualquer outro tipo de bom grado... até o Tipo VI ou III (que eu detesto!)RS,
 Afinal, sou só uma leiga, lendo sobre um novo assunto...

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