quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ser ou Estar

Depois de um longo e tenebroso inverno consigo motivação para escrever sobre mim novamente. Isso mostra que tenho sido coerente com o fato de que realmente tenho estado cansada de falar. Até esqueci que tinha terapia ontem!

Enfim, é possível se estar "Ana" e não ainda "ser" Ana? Sim, acredito que sim.
(sinto nesse momento um cheiro delicioso de cera de abelha derretida)
Penso na minha ursa. Uma Vez, Leo Artese me disse que era possivel estarmos guardados por um animal enquanto não estávamos prontos para o real animal que lhe acompanha. Esse animal - e entenda esse "animal" como sua natureza mais intima simbolizada - pode estar ferido, fraco, e então vem uma outra força para te ajudar a se fortalecer até você conseguir chegar onde vc precisa chegar.

Acho que essa é a função da minha Ursa. O animal da cura, da hibernação, do fim da vida. A primeira vez que eu a vi foi em 2008 no ini67yy666666666666(esse foi o Chad passando por cima do teclado) no inicio de uma fase muito conturbada da minha vida. No fim de quatro longos anos, primeiro vejo em sonho uma leoa jovem assustada que nem imagina que é uma leoa, a quem tenho que tentar achar um lugar grande e apropriado. Uma leoa que não entende porque seu tamanho incomoda tanto, que queria ser gatinho.

Nessa epoca, fiz minha ultima visita à ursa, e ela me atacou. Me retalhou inteira e deixou entendido: so volte aqui quando estiver renovada.

E com isso relembro os animais que me acompanharam ao longo do tempo enquanto espero "ser" Ana.
O beija-flor que veio em 92 e foi embora da minha mão em junho de 2008
A serpente que se atrincheirava no mais intimo do meu ser, do meu quarto, da minha pele e nunca estava sob controle que me acompanhou de 2004 a 2008
A ursa que vem acompanhou na morte de tudo o que eu acreditava enquanto me protegeu da serpente fora de controle
A leoa temerosa de seu tamanho que ainda "está" sem "ser".


Acho que já deu, né?



Fragmento 07/2011:

"...usted tiene que aprender a non disperdiçar a grande força espiritual que tienes..."

Com essas palavras eu confirmei o que já desconfiava: a "cigana" falava de mim! Quando no meio de tudo dito na palestra geral ela mencionou as pessoas que desperdiçavam a energia espirituais por não teremo conhecimento nem controle sobre isso eu sabia que ela estava falando de mim. E assim, foi: no momento do atendimento pessoal ela repetiu as mesmas palavras.

Isso me traz para cá depois de tanto tempo. Lembro que quando fiz a matricula na Pós no começo desse ano por sentir novamente a necessidade de estudar, recebi um recado torto, o da casa. A metade de cima da casa funcionando a 220w e o resto sem energia nenhuma. Mesmo assim eu insisti, e continuei. Foi valido.
Mas aos poucos tenho entendido que o "mental" é minha zona de conforto e que há tempos necessitava de "aterramento espiritual".

Então comecei a Ioga. E o xamanismo. Vamos ver o que acontece.
Acho que nesse momento da minha vida a materia e o espirito vão estar muito claramente afinados. Talvez minha vida financeira tenha muito a ver com a minha vida espiritual: em ambos eu tenho o suficiente para fazer o que preciso e quero, mas tenho certeza que há muito desperdicio... e o tipo de desperdicio que eu nunca consigo perceber direito onde acontece. Assim como meus mal-humores e meus desanimos. Isso explica muita coisa da minha vida pessoal também.

"usted tienes que perceber quando se siente "usada"... aprender a mirar los ojos, a piensar con la cabieça y con lo coraçon... aprender a ler las personas..."

A meu ver isso explica minha vida em suspensão nesse momento.

Minha casa depois do cancelamento da pós voltou a apresentar problemas de aterramento, jogamando novamente 220v para o andar de cima e desligando o terreo. Só que dessa vez havia um grande vazamento de agua que ninguém localizava. Ainda não se tem muita certeza se onde isso possa continuar ocorrendo, mas tenho a impressão de que o problema começou na descarga do terreo. O irônico é que minha plantas todas sofrem que a falta dagua, mas grande quantidade de agua está sendo consumida por algum... desperdicio (!)."

Fragmento 08/2011:
"Enfim, retomei o trabalho com o xamanismo.

Enquanto me preparava para a primeira aula efetiva na segunda feira dia 15 de agosto, no domingo, trombei com um livro perdido no meu armário: wicca Brasil e resgatei a imagem de Tuluperê. A grande deusa cobra da amazônia apareceu na minha vida com uma certa frequencia a partir de 2004. Em sonhos, claro.

Mas a imagem que marcou foi a desproporcional e rustica cobra colorida tatuada em meu corpo num sonho de 2006. Foi ai que descobri que ela se chamava Tuluperê e era uma espécie de Kali da Amazônia. Durante o periodo que antecedeu agosto de 2006 eu sonhei algumas vezes com o desconforto de ter a delicadeza e a discrição roubadas do meu corpo por conta de uma tatuagem grotesca de uma imensa cobra.

Voltei a vê-la em outubro de 2008, numa vivência de "Bastão que Fala" feita em minha recem nova casa. A vivência mostrou novamente uma serpente que ao invés de cumprir seu papel como os outros animais sugeridos na visualização, se apoderou ferrenhamente a árvore nascida do meu corpo e parecia que nada a poderia tirar de lá. Novamente, enorme, se enrolava no tronco da arvore com as tatuagens de 2006. Foi ai que  uma enorme urso - ou ursa - apareceu. Pelo que entendi naquele momento, essa era a unica força que poderia llivrar a árvore daquela cobra imensa.

Quando comecei o trabalho Xamanico em 2010 por um momento pensei ser a serpente meu aliado animal. Mas la estava novamente a enorme ursa, me dando todo o aconchego que eu necessitava, sem me dizer com todas as letras que era meu animal de poder e me desafiando a descobrir isso por mim mesma. Assim como otarô faz quando me angustia com respostas tortas que so entendo o sentido depois de muito tempo.

O trabalho xamanico realizado em 2010 foi retomado agora, em agosto de 2011 e eu gostaria de relatar algo interessante que aconteceu na manhã da primeira aula do novo curso.
Como disse anteriormente, trombei com o livro de divindades indigenas amazonicas e abri na pagina de Tuluperê. Ja estava perto do horário de sair para o trabalho a tempo de ir de onibus, então, como de habito, sentei no ponto e reli a descrição enquanto esperava. Ao ler a visualização de tuluperê, as imagens foram se formando muito fáceis em minha cabeça. Tive a ideia, então, de fechar meus olhos quando estivesse no onibus e tentar imaginar novamente o que havia acabado de ler. e foi isso que aconteceu:

"Estava na mata, selvagem, nua, mas a medida que andava percebia que meus pés estavam calçados numa bota muito desproporcional. Pensei na falta de coerência dessa imagem e aos poucos fui me acostumando a ideia de tira-las. Afinal os pés de uma selvagem devem estar calejados o suficiente para ficarem descalços. no momento em que consegui tirá-los encontrei a tal caverna-serpente.
No momento em que entrei, sabendo ser uma serpente, via escuridão e logo pensei: onde fica o veneno? Pensei naquele momento que deveria existir alguma espécie de galeria superior onde teriamos as cavernas com o veneno. Se a serpente era "geográfica", como seria a galeria do veneno? Pensando isso percebi que para saber onde isso ficava, eu teria que voltar para a entrada e encontrar as presas.
O chão da caverna era um grande rio que descia para dentro do escuro da cavverna. eu teria que mergulhar.""


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