quinta-feira, 21 de julho de 2016

Mudam os anos mas o formatos carcomidos se mantém

Recuperei este texto sobre uma novela que ja era reprise na epoca do texto. E o texto e do ano passado...
Mais-do-mesmo, mais-do-mesmo, mais-do-mesmo, para sempre mais-do-mesmo....

"Novamente aqui estou eu, na sala de espera do laboratorio e a tv esta ligada em uma novela da globo.

Uma daquelas novelas engajadas mostrando sem terra, politicos e outras coisas do genero. Dai vc ve o Carlos Verezza, com aquela dramaticidade de Anthony Hopkins, exaurido e destruido apos um discurso, provavelmente questionando alguma injustica ou podridao que todo mundo sabe que existe mais fica chocado quando ve... E eu me pego olhando pra isso e pensando:  velha formula dramatica, os velhos olhares vidrados para o nada, os velhos temas e os velhos formatos de sempre...

Na cena seguinte é a vez de dois atores relativamente novos, que devem representar pessoas humildes, mas engajadas, conversando com aquela simplicidade forcada, aquela eterna gravidade dos engajados politicos de telinha.

E por ai vao as atuacoes, todos bons atores dando seu maximo, acredito, para temas tao batidos e estereotipados... Como eles conseguem??? Se eu, com 40 anos nao aguento mais nem olhar pra todo esse glace, esse formato passado, essa ideologia sanitizada e fora da realidade, como eles conseguem se olhar nas telas e nao enjoar de si proprios nessa buracracia utopica de novela, por anos e anos e anos.? E essa novela, Rei Do Gado, é de 96!!! O formato continua igual!

Como conseguir se levar a serio representando algo tao fake, tao sem verdade, tao sem sentido, por tanto tempo, sendo que teoricamente caberia o artista romper exatamente com essa burocracia, com esse lugar-comum...

Eu senti um certo amargor, tipico de quem percebe ja tarde demais que ta todo mundo buscando a saida pro lado errado...."

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